terça-feira, 12 de outubro de 2010

Resgate dos mineiros deve começar à zero hora de quarta-feira no Chile


O resgate dos 33 mineiros presos deve começar à zero hora local (mesmo horário de Brasília) desta quarta-feira (13), disse o ministro da Mineração do Chile, Laurence Golborne.
Segundo o ministro, já foram iniciados os testes das cápsulas que serão utilizadas para resgatar individualmente os mineiros.
A cápsula já desceu 610 metros, 12 metros antes de chegar ao local ao qual os mineiros têm acesso, e os resultados foram muito positivos, disse ele em entrevista na Mina San José, próximo à cidade de Copiapó.
A cápsula se comporta muito bem dentro do duto, se adapta ao movimento com o revestimento e sem ele. Não existe movimento de bamboleio dentro da cápsula. Não caiu nem pó dentro do duto", disse.O teste ocorreu na madrugada desta segunda, logo depois de terminado o revestimento metálico do túnel.
O teste foi realizado na madrugada desta segunda, depois que registrado um defeito no sistema de revestimento com tubos metálicos, o que obrigou a reduzir o número de metros revestidos dos 96 iniciais a 56 metros."Devido a esta situação (o defeito), decidiu-se realizar um teste o mais real possível com a cápsula Fênix um, chegando até os 610 metros de profundidade", explicou ainda.
Os mineiros ficarão presos na cápsula por cintos de segurança.
A cabine pode chegar à superfície em 12 minutos, mas o tempo estimado para cada resgate é de cerca de uma hora.


A cápsula tem luz no teto e quatro tanques de oxigênio estão disponíveis no chão. Durante a subida, os mineiros irão se comunicar com as equipes de resgate com microfones instalados no capacete. Eles também precisarão usar óculos escuros, porque estão há muito tempo sem ver a luz do dia.
O sobe-e-desce da cabine de resgate pode ser perigoso. Se as paredes do buraco não estiverem firmes, terra e pedras podem cair em cima de quem está sendo resgatado. Por isso foi decidido pelo revestimento do túnel na parte de cima, onde está mais instável.
"Vamos colocar um mineiro sozinho em uma cápsula estreita e fazê-lo subir num elevador como se fosse da base ao topo do Pão de Açúcar", disse neste domingo (10) o ministro da Saúde do Chile, Jaime Mañalich.
Mañalich disse que as maiores dificuldades da retirada são a profundidade e a inclinação (de dez graus) que há na subida – que tampouco tem uma superfície lisa. Tudo a uma velocidade de 1m/s.
Os riscos são de embolia pulmonar, nausea e vômitos. No contato com a superfície, o problema é a claridade. "Lá embaixo nós simulamos o dia, mas não é muita iluminação. É como um cinema. Aqui é muito mais iluminado."

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